Mangue da Praia Dura, um universo para trilhar e navegar...

 

Um universo paralelo ao nosso... pouco perceptível à nossa sensibilidade. Somos seres vivos racionais e até sensíveis, porém, um tanto urbanizados”. 
Quem passa por cima da ponte da praia Dura, extensão da SP-55, nem sempre imagina estar passando por um grande condutor da vida marinha. 
O rio Cajarana encontra-se ao delta do Rio Escuro, onde ambos recebem as águas oceânicas, onde são transportadas futuras mamães-peixe que vão desovar no grande berçário, que é o mangue da Praia Dura. 
Em apenas duas horas, você poderá navegar e trilhar por um lugar já conhecido pelos seus olhos, mas não vivenciado por seu corpo e sua alma! 
Partimos por debaixo da Ponte da Praia Dura em uma embarcação de alumínio, uma Chata; seguimos pelo delta do Rio Escuro e navegamos em direção ao rio Cajarana, cuja nascente reside no imponente Pico do Corcovado. Com apenas dois quilômetros de navegação, parecemos estar em terras desconhecidas... A vegetação é rasteira, algumas raízes parecem querer fugir das garras lamacentas do mangue ou da salinidade que há no lençol freático, como é o caso das avicênias. Já em terra firme, trilharemos ao encontro do mangue pertencente ao Rio Escuro, que nasce na Flora Brasília (Pé do Monte Valério). Incrivelmente, encontramos com uma rara espécie de pica-pau grande, com aproximadamente 20 cm de altura, e também com Martim-pescador, Garça azul, Socó, Garça branca e o Maçarico. Os ornamentos ficam por conta da família das epífetas, a qual pertence a classe das bromélias, linques e orquídeas e pela também diferente coloração do mangue vermelho. Quanto aos animais de maior porte, podemos cruzar com as inofensivas capivaras. Logo, sentimos um odor diferente: é a compostagem do mangue; o lugar é lamacento e movediço. No início, a sensação é de insegurança: nunca sabemos muito bem onde estamos pisando ou quando vamos ser cumprimentados pelas diferentes espécies de caranguejos moradores do local; dentre elas, destacam-se os guaiamuns, uçás, aratu do mangue e o chama-maré. Mas, depois de alguns minutos já nos familiarizamos e alguns até se arriscam em um delicioso banho de lama, que dizem ser bom para a pele. No retorno, a navegação pelo Rio Escuro revela ares de civilização, com recursos primários de moradia e de total integração à natureza.
Quem quiser desfrutar deste maravilhoso mundo paralelo é só entrar em contato com uma operadora.