As Ruínas da do ipiranguinha

 

Os resquícios da antiga Ruína do Ipiranguinha encontram-se mortificados no emprenhado da Mata Atlântica praticamente camuflados por raízes e plantas de todas as espécies tropicais. Enormes paredões são percebidos passo a passo... por entre as árvores. Tudo indica que sua construção tenha sido realizada no século XIX, a técnica foi a mesma utilizada nas ruínas da Lagoinha e na praia da Lagoa, onde foram utilizadas argila, areia da praia, óleo de baleia e conchas para dar a liga que sustentam até os dias de hoje as gigantes pedras sobrepostas. Ao verificar atentamente, podemos observa um salão que possivelmente seria, na verdade, um porão que os mais antigos dos bairros vizinhos afirmam ter sido uma fazenda utilizada para realização de tráfico negreiro. Podemos perceber um longo muro que possivelmente ostentava um significante aqueduto. Localizada à beira das corredeiras da Cachoeira do Ipiranguinha, bem acima de sua conhecida queda d’água, a ruína é protegida por um gigante muro de arrimo construído a partir das próprias pedras que beiram o rio. Eis um mistério que somente uma pesquisa mais atenciosa poderá desvendar as verdadeiras intenções desta construção estrategicamente escondida, pois o próprio som das águas da corredeira abafam qualquer possível barulho humano... há muito tempo desapercebida aos olhos humanos. Mas o homem é um explorador nato e parece ter o dom de aproximar os caminhos. Hoje para chegar as ruínas é muito simples e tem duas possibilidades: a primeira inicia-se no km 89 da rodovia Oswaldo Cruz, no bairro da Cachoeira dos Macacos. Segue-se estrada adentro durante uns três quilômetros, onde encontraremos uma bifurcação que deve ser seguida à esquerda em um percurso íngreme de chão de barro batido e um tanto pedregoso de uns 700m. Logo, encontraremos uma ponte precária; após atravessá-la, devemos deixar o automóvel e seguir uns 150m a pé em uma estrada localizada à esquerda, que leva a uma picada e novamente à esquerda, onde estão as ruínas. Para melhor  localizar-se na Mata, é fácil imaginar... Se ficarmos de pé na ponte, sentido centro do município, aonde deixamos o carro poderemos olhar as corredeiras que a uns 100m iniciam-se os muros de arrimo logo à frente, em seu lado direito do rio. Quando passamos pela estrada que adentra o bairro da cachoeira dos Macacos, podemos observar duas belezas naturais durante quase todo o percurso, uma é a própria cachoeira à direita e, à esquerda, o gigante granito verde Ubatuba que compõe basicamente toda a formação do bairro por uma única rocha.
A outra alternativa é para quem gosta de uma boa caminhada por entre as riquezas da natureza. Ela inicia-se atrás do bar da cachoeira do Ipiranguinha por uma trilha íngreme, na qual encontramos duas picadas: à esquerda levará ao alto de sua queda d’água; a terceira e última, após cinco minutos de caminhada aproximadamente, levará às ruínas. É muito fácil identificar, pois a uns 150 m à frente você avistará o clarão de uma estrada, na qual, na primeira opção, estaria seu carro estacionado. 
O trajeto é acompanhado por inúmeros pássaros e bromélias coloridas. O passeio também pode ser realizado por adeptos do motobike e motos. Conhecer nossa cidade sempre vale a pena!Ruínas do Ipiranguinha, 
perdidas no tempo e no espaço Os resquícios da ruína do Ipiranguinha encontram-se no emaranhado da Mata Atlântica, dificultando uma boa visibilidade de seu salão principal