O lugar, com seus 427 hectares,
sofreu diversas experiências no decorrer dos anos. Em 1907, era conhecido como Núcleo Colonial “Conde do Pinhal”, parte da tentativa
fracassada da colonização italiana. Em 1915, transformou-se em Horto Agrário Tropical, como até hoje é chamado pelos moradores da cidade.
Em 1931, foi Estação Experimental da Banana e só em 1935 incorporou-se definitivamente ao Instituto Agrônomo, como Estação Experimental
de Ubatuba.
Sua programação de pesquisa é grandiosa: foram desenvolvidos durante muito tempo experimentos com diversas culturas como, por exemplo, o
cacau, seringueira, bambu e cana-de-açúcar. Esta última foi a causa da vinda, em 1967, do atual administrador do IAC (Instituto Agrônomo
de Campinas), Gentil Godoy Júnior, que na época trabalhava nos experimentos da cultura da cana.
Segundo ele, Ubatuba foi escolhida para o plantio da cana por ser geograficamente a cidade do estado de São Paulo mais próxima do Equador,
que influencia em sua produção.
Algumas outras experiências com especiarias, como cravo-da-índia, canela, baunilha e tantas outras, também foram realizadas. Em tempos
passados, houve até mesmo uma experiência com criação de búfalos, que, por motivos geográficos, não teve continuidade. Hoje, dentre
seus experimentos, o instituto está desenvolvendo a instalação e preservação do Banco de Germoplasma de mandioca e outro de supra importância,
que é o cultivo de palmito, como o pupunha, que propõe a comercialização sem que isso signifique a extinção da espécie.
O lugar abriga a estação meteorológica do município, sendo a única do litoral norte de primeira classe, ou seja, que é composta por toda
aparelhagem necessária para medição da chuva. Este experimento constatou que a cidade de Ubatuba tem o custo de horas de sol mais caro do
país, comparado aos dias de chuva.
O lugar, que oferece 90% da área de preservação
ambiental, pertencente ao Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Picinguaba, em parceria também com a Unitau, está proporcionando
passeios ecológico-culturais e desenvolvendo o estudo do meio realizando uma experiência inesquecível. Dentre as trilhas e os roteiros
desenvolvidos, acompanhados por monitores cadastrados, destaca-se a “trilha dos escravos”, que se inicia na sede do IAC com a recepção
de pau-brasil, plantas exóticas, beija-flores, passando por cachoeira, resquícios de uma antiga senzala... Enfim, duas horas e meia de
caminhada reservando grandes surpresas. O passeio também propõe o conhecimento íntimo de mananciais, mata secundária, serrapilheira,
reciclagem de nutrientes e uma infinidade de situações que muitas vezes passam por nossos olhos, porém, não sabemos distingui-las em suas
funções e importância dentro do ciclo do planeta.
Os grupos interessados em conhecer o mundo dos experimentos e vivenciá-lo deverá entrar em contato pelo número (12)
3833-2333. Esta é uma
experiência que não dá para adiar!
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